2 de outubro de 2013

A Morte Não Existe (Extraído de “A Canção Celestial” – Bhagavad Gita)

O sábio de coração não se lamenta por aqueles que vivem e nem por aqueles que morrem.

Nem eu, nem vós, nem ninguém jamais deixou ou deixará de existir, sempre e para sempre. Todo aquele que vive, vive para sempre!

Assim como vem a infância, a juventude e a velhice para o corpo do homem, assim vêm os nascimentos e mortes de outras e outras residências do ser que o sábio conhece e não teme.

Ó indestrutível, aprendei: A Vida é a vida que se expande através de todas as coisas, Ela não pode em lugar algum, por nenhum meio, ser reduzida, detida ou mudada.

Mas, para estes corpos passageiros, que Ela dota com o Espírito imortal, eterno, infinito, Ela perece.

Aquele que disser “Senhor, matei um homem!”, aquele que pensar, “Senhor, fui morto!”, ambos não sabem nada! A vida não pode morrer. A vida não é assassinada!

O espírito nunca nasceu, o espírito nunca deixará de existir, o tempo nunca existiu, o começo e o fim são sonhos!

O espírito se mantém para sempre imutável, sem nascimento nem morte. A morte de modo algum o atinge, embora a casa do espírito pareça morta.


Eu vos digo que as armas não ferem a vida, a chama não a queima, a água não a afoga, nem os ventos áridos a ressecam.

Impenetrável, inviolável, inexpugnável, intocável, imortal, invadindo tudo, estável, segura, invisível, inefável, indescritível, enfim, sempre ela mesma, assim é declarada a alma!

Como então, sabendo disso, podereis vos lastimar?

Como vos afligireis se escutastes que o homem recém-morto é como um recém-nascido – ainda um homem vivente – um espírito existente mesmo?

Quando pomos fora nossas roupas usadas e tomamos outras novas, dizemos “Estas usaremos hoje”. O mesmo acontece com o espírito que abandona levemente seu vestido de carne e passa a ser herdeiro de uma nova residência.